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DIA DAS MÃES: Contabilidade passada de mãe para filho


Data: 13 de maio de 2023
Fotos: Arquivo pessoal
Créditos: Bianca Backes


Cuidado, amor, carinho, dedicação, valores essenciais… se alguém fosse perguntado sobre o que recebeu da mãe, ao longo da vida, certamente teria dificuldade em mensurar. Para além de prover as necessidades materiais dos filhos e educar, mães são, muitas vezes, fonte de inspiração para os seus descendentes. Inclusive na hora de escolher a profissão. Uma pesquisa realizada em 2019 pelo LinkedIn em parceria com a Censuswide mostrou que 26% dos brasileiros tiveram influência familiar ao optar por uma carreira. Foi o caso da contadora Milena Propp, 45 anos, que também atua como advogada e é sócia no escritório da mãe.

 

Ivani, que segue atuando aos 71 anos de idade, relembra que levava as filhas Milena e Priscila (já falecida) para o escritório quando eram pequenas, por não ter com quem deixá-las. As duas acabaram seguindo os passos da mãe, mesmo que não ela não tenha diretamente incentivado nenhuma delas.

 

“A mãe sempre me deixou bem livre para escolher o que eu quisesse fazer, nunca opinou. O primeiro vestibular foi para Direito, mas ao longo do tempo eu vi que poderia estar deixando a oportunidade de atuar na contabilidade, que me era tão familiar, para trás. Então fui cursar Contábeis também”, conta Milena.

 

A contadora e advogada lembra com carinho de quando frequentava o ambiente de trabalho da mãe e conta que gostava de brincar que era profissional contábil, como ela. “Desde sempre eu vi a minha mãe atuando no escritório contábil e eu gostava de brincar com a papelada quando era pequena. Com 12, 13 anos de idade, eu já ajudava a fazer alguns registros à mão”, recorda Milena.

 

Puxou à mãe - Mesmo que não tenha frequentado o escritório de contabilidade da família com tanta assiduidade, na infância, o contador e engenheiro de produção Janriel Baretta, 29 anos, fez um percurso semelhante. Da mãe, a profissional de contabilidade e advogada Carmen Mantovani, herdou o gosto pelos números e raciocínio lógico - talentos que o direcionaram, inicialmente, para a engenharia.

 

Ele já atuava em uma grande multinacional quando se deu conta que, por meio da engenharia, acabava se atendo a partes específicas dos problemas para resolvê-los, mas gostaria, mesmo, de “ver o todo”. Então outras semelhanças com a mãe ficaram mais nítidas: tinha puxado dela a veia empreendedora e associativista, a sensibilidade de engajar pessoas e gerir equipes.

 

“Cursando uma pós conheci mais a fundo o funcionamento de escritórios de contabilidade. Pensei: que carreira incrível! E minha mãe já era uma profissional respeitada, tinha escritório. Resolvi cursar também Ciências Contábeis e hoje sou sócio dela”, descreve o engenheiro e contador.

 

É com orgulho que Carmen afirma que o escritório ganhou novo fôlego com a chegada do filho. “Ele trouxe inovação e tecnologia, o que agregou com a experiência que já tínhamos”, elogia a mãe.

 

Apesar dos obstáculos - A presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC) Marisa Luciana Schvabe de Morais, que também é mãe, pontua que ser referência profissional se torna ainda mais marcante para mulheres, especialmente após a maternidade. “Ainda enfrentamos mais obstáculos do que os homens no mercado de trabalho e na contabilidade não é diferente. Mesmo que com talentos, conhecimento e determinação semelhantes, precisamos demonstrar que somos capazes, sem contar que ainda somos as mais demandadas pelos cuidados com a família e a casa”, explica a presidente. “Diante de todos os desafios que as mães profissionais da contabilidade possam enfrentar em suas trajetórias profissionais, o CRCSC deseja, de todo coração, que sigam inspirando seus filhos, pessoas conhecidas e a sociedade como um todo. Parabéns a todas as mães, em especial as contabilistas”, conclui Marisa.

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